segunda-feira, 24 de julho de 2023
Secretário da Fazenda apresenta cumprimento das metas fiscais do Governo na Assembleia

Secretário da Fazenda apresenta cumprimento das metas fiscais do Governo na Assembleia

Por Jaime S. Martins

Foto: Pedro de Oliveira/Alep

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O secretário Mauro Ricardo Costa participou de audiência pública na Assembleia Legislativa no dia 5

Atendendo ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o secretário de Estado da Fazenda, Mauro Ricardo Costa, participou de audiência pública na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na quarta-feira, dia 5, para demonstrar o plano de cumprimento das metas fiscais do Governo do Estado referente ao segundo quadrimestre de 2016.

A avaliação do secretário para as contas é positiva, pois “foi possível equilibrar a receita com as despesas”, deixando o Estado com um superávit financeiro na ordem de R$ 570 milhões, valor este, segundo Mauro Ricardo, já reservado para o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores. Segundo o secretário, a receita total do Paraná teve uma variação real positiva de 1,63%, se comparado com o período de janeiro a agosto de 2015, atingindo um total de R$ 28,05 bilhões.

Outro ponto destacado pelo secretário foi o aumento no investimento em áreas essenciais para a população, como Saúde, Educação e Segurança. Em Saúde foram investidos 27,2% a mais do que nos oito meses de 2015, enquanto que na Educação esse índice foi 17,5% superior, entre os meses de janeiro e agosto, se comparado ao mesmo período do ano anterior.

Segundo Mauro Ricardo, na área da Saúde, é a primeira vez que o Estado atinge o percentual exigido por lei, de 12%, ao final do segundo quadrimestre. Até o final de agosto, o índice aplicado foi de 12,6%, ou R$ 2,3 bilhões. Na Educação o percentual mínimo também foi superado, sendo aplicados 34,69%, enquanto que o exigido por lei é de 30%.

“Ampliamos bastante o investimento em Saúde, foram R$ 500 milhões a mais aplicados em relação ao exercício anterior. Ampliamos significativamente os recursos aplicados em Educação, assim como na área de Assistência Social e Habitação. Em várias áreas ampliamos significativamente os recursos, porém de forma equilibrada, porque havia receita para isso”, disse o secretário.

Na avaliação de Mauro Ricardo, esses números só foram possíveis em razão dos ajustes fiscais promovidos pelo Governo do Estado, que contaram com o apoio da Assembleia Legislativa. “Quero agradecer aos parlamentares pelo apoio que têm dado às medidas de ajustes fiscais que foram apresentadas e aprovadas por essa Casa e que permitiram que pudéssemos ser um estado diferenciado em relação ao que está ocorrendo no Brasil”, disse. “Por conta das medidas adotadas desde dezembro de 2014 e que continuam sendo adotadas pelo Governo, em parceria com a Assembleia, temos propiciado que o Estado mantenha o equilíbrio nas suas contas”, completou.

Recursos Federais

O secretário voltou a reafirmar que há discriminação do Governo Federal para com o estado do Paraná. Pelos dados apresentados referentes ao período de janeiro de 2013 a agosto de 2016, o Paraná contribuiu com 4,98% da arrecadação nacional, ficando com apenas 1,76% dessa arrecadação. Somente em 2016, as transferências federais apresentaram uma queda de 3,75%.

“Da arrecadação do Paraná, 89% são de receitas geradas no estado e apenas 11% são de receitas da União. E grande parte desses tributos federais é arrecadada aqui, dos paranaenses. Se arrecada aqui algo em torno de R$ 40 bilhões ao ano e volta aproximadamente R$ 15 bilhões. A gente transfere muito mais do que recebe de retorno”.

Municípios

A transferência de recursos para os municípios foi responsável por 22,79% das despesas correntes do Governo do Estado, gerando um aumento nominal no repasse de 8,86%. Foram R$ 5,8 bilhões repassados aos municípios em valores gerados através da arrecadação do ICMS e IPVA, principalmente.

Já na despesa total esse percentual de repasse para os 399 municípios foi de 24,35%, incluindo aí os investimentos em áreas como Transporte, Saúde, Agricultura, Urbanismo, Segurança Pública, Ciência e Tecnologia, entre outras.

Investimentos

Os investimentos realizados pelo Governo tiveram um aumento considerável, na avaliação do secretário da Fazenda. Segundo ele, nos oito meses de 2016, foram investidos, aproximadamente, R$ 4 bilhões em infraestrutura, sendo que R$ 1,06 bilhão foi de recursos do Estado; o restante teriam sido investimentos realizados pelas empresas públicas, como a Copel, por exemplo. A expectativa é de que até o final do ano se atinja a meta de R$ 8 bilhões em investimentos. “É um recorde termos um investimento, em oito meses, de R$ 4 bilhões. Nesse momento que vive o país, temos que aplaudir”.

Folha de pagamento

Devido a um novo entendimento do Tribunal de Contas do Estado, que quando analisou as contas do Governo estadual do ano de 2015, determinou a inclusão das despesas do sistema previdenciário na conta de pessoal e não mais em despesas correntes, como era feito até então, o Estado superou o limite prudencial para o pagamento de pessoal e está próximo de atingir o limite legal determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é de 49% da receita corrente líquida. “O TCE determinou que o Estado considerasse esse déficit do sistema previdenciário na ordem de R$ 1,5 bilhão e, com isso, tivemos que alocar como despesa de pessoal. Com essa determinação do TCE, o Estado está utilizando 98,88% do limite legal, não podendo fazer qualquer ampliação das despesas com pessoal”, justificou Mauro Ricardo.

Segundo ele, a administração estadual vai propor ao Tribunal de Contas que se faça um escalonamento da inclusão desta nova despesa, para que o Estado não ultrapasse o percentual determinado pela LRF. “Se mantida essa situação, o Estado não poderá fazer qualquer promoção, progressão ou nova contratação”.

Em relação aos Poderes Legislativo e Judiciário, e ao Ministério Público, o limite de gastos com pessoal está abaixo do limite de alerta. O Poder Legislativo gastou com pessoal 1,62% da receita, o Poder Judiciário 4,57% e o Ministério Público 1,58%.

Desafios

Para 2017, os desafios do Governo são reduzir as despesas, ampliar a captação de receitas tributárias e não tributárias, além de aumentar a capacidade de investimentos. “Os desafios são grandes, como a manutenção do equilíbrio das contas públicas. Não podemos assumir compromissos acima das possibilidades de pagamento do Estado, sob pena de nos igualarmos a outras unidades da Federação que não têm dinheiro sequer para pagar pessoal. Manter o equilíbrio entre receita e despesa é fundamental para que a gente possa pagar em dia nossos compromissos”, finalizou o secretário.

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