Estrategista afirma que investidores estão acompanhando com atenção as medidas do Governo Federal
A aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos e a expectativa de crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) geram um impacto positivo para o Brasil, na visão da estrategista do banco JP Morgan para o País, Emy Shyao Cherman. Segundo ela, investidores internacionais estão acompanhando atentamente as medidas do Governo para equilibrar as contas públicas.
Ela ressaltou o impacto positivo da tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece o teto dos gastos públicos, que após passar pela Câmara dos Deputados, foi aprovada esta semana em primeiro turno no Senado. E apontou que as atenções dos investidores se voltam agora para a reforma da Previdência, que contribuirá para o equilíbrio das contas públicas e deve ter seu texto encaminhado pelo Governo ainda este ano ao Congresso Nacional.
Em entrevista ao Portal Planalto, a estrategista disse, no curto prazo, que os investidores estão acompanhando o tamanho do ajuste fiscal e a evolução das reformas no Congresso Nacional.
“Existe uma expectativa grande, acho também que isso está trazendo muita gente aqui para acompanhar qual vai ser a evolução dessas reformas estruturantes”, avaliou a executiva. De acordo com a estrategista, a aprovação da PEC em primeiro turno pelo Senado criou um impacto positivo. “O mercado vê com muito bons olhos”, disse.
Crescimento do PIB
Na visão da estrategista, a expectativa de crescimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 torna o Brasil um destino atraente para investimentos estrangeiros. Especialmente porque a projeção para este ano é que haja uma queda de 3,5%. “Essa é a maior recuperação [4,5 pontos percentuais] que a gente está tendo no mundo. Nenhum outro país vai sair de uma economia tão deprimida para um pequeno crescimento que seja”, declarou.
Pela projeção da estrategista, a expectativa é de que o Brasil volte a crescer no médio prazo em uma medida de acordo com seu potencial, em torno de 2,5%. Mas Cherman ressalta que, com o aumento de investimentos que se projeta para o País, combinado ao ajuste fiscal e a melhora das condições econômicas, este percentual pode retornar para a casa dos 4%.